Tatiana á direita com Olga.
Na altura teria cerca de 3 anos.
Inseparáveis desde crianças, eram contudo diferentes na personalidade.
Sua irmã mais velha, Olga era mais extrovertida e talentosa.
Tatiana era reservada, não tinha os talentos de Olga mas era mais aplicada ao trabalho.
As duas eram altruístas, com a diferença que Olga gostava de ajudar monetariamente, enquanto Tatiana prestava ajuda prática, como aconteceria de maneira especial e comovente como enfermeira da Cruz Vermelha na idade adulta.
Não tinha o charme de Olga mas era mais elegante do que a irmã.
Tatiana com Olga, cerca de 1908.
Olga, em criança:
Ficou claro para Margaretta Eagar que desde a mais tenra idade Olga herdara o espírito altruísta da mãe e de sua avó Alice. Ela era muito sensível à provação dos menos afortunados; passeando por São Petersburgo um dia, vira um policial prender uma mulher por embriaguez e desordem e pedira a Margaretta que a mulher fosse solta; a visão de camponeses pobres prostrando-se de joelhos na beira da estrada, na Polônia, quando elas passavam em sua carruagem também a perturbou, e ela pediu a Margaretta: “Diga-lhes que não façam isso”
Ela decerto podia ser mal-humorada, desdenhosa e difícil, sobretudo durante a puberdade, e seus acessos de raiva revelavam um lado obscuro que ela achava às vezes duro de controlar, mas Olga era também uma sonhadora. Durante uma partida de “Eu Espio”15 com as crianças, Alexandra notara que “Olga sempre pensa no sol, nas nuvens, no céu, na chuva ou em algo ligado ao firmamento, e ela me explicou que fica muito feliz ao pensar nisso”
Tatiana, em criança: aos oito anos, era pálida, esbelta e tinha cabelos mais escuros,
avermelhados, e olhos um pouco mais puxados para o cinza do que para o azul
cor do mar de suas irmãs. Sua beleza já era arrebatadora, “a réplica viva de sua
linda mãe”, com uma expressão naturalmente majestosa realçada por seus ossos
delicados e olhar altivo.
Por fora, parecia uma jovem extraordinariamente
controlada, mas era, na verdade, cautelosa e reservada em seu lado emocional,
como a mãe.
Nunca era refém do próprio temperamento como Olga às vezes
podia ser, e, ao contrário desta — que mostrava uma relação instável com a mãe
à medida que crescia —, era, sem dúvida, devotada; era em Tatiana que
Alexandra sempre confiava. Era a mais educada e respeitosa à mesa com os
adultos, e se provou ser uma organizadora nata, com uma mente metódica e um
espírito prático ausentes em suas irmãs. Não é de admirar que estas a
chamassem de “a governanta”. Enquanto Olga era musical e tocava piano
lindamente, Tatiana era uma bordadeira talentosa, como a mãe e também muito altruísta tal como Olga.
Não tinha uma personalidade forte como Olga, mas era mais forte física e emocionalmente do que a irmã.
Muitos entendem mal o facto de Tatiana ser conhecida pelas irmãs como: a Governanta.
Entendem erroneamente que ela dava ordens ás irmãs.
Nada mais falso.
Tatiana era suave. Ela conceguia que a mãe a ouvisse quando pedia algo para as irmãs, mas nunca se aproveitou disso.
Em situações de emergência conceguia tomar uma decisão mais rápida do que Olga e esta não se opunha, pois não eram ordens.
Que fique claro que sua personalidade nos filmes da Família Imperial foi mal-interpretada,
pois em Nicolau e Alexandra foi apresentada como se oferecendo para um soldado ( nada mais falso para uma jovem de princípios como ela era ) e em Os Romanov-Uma Família Imperial é apresentada como autoritária outra péssima dedução dos Realizadores.
Ela tinha aspiração a frequentar a Alta Sociedade, enquanto que Olga não se importava tanto.
Ela tinha aspiração a frequentar a Alta Sociedade, enquanto que Olga não se importava tanto.
Tatiana e Olga em trajes de gala no 300º da Dinastia.
No fim de suas curtas vidas, já no cativeiro, Olga afastou-se de toda família ( incluindo de sua adorada irmã Tatiana ) e só conversava com o pai, tendo zangas com suas irmãs mais novas por próximas em amizade com os carcereiros, ainda que ela não os odiasse tendo aprendido a perdoar.
Havia emagrecido muito e não tinha esperanças.
Tatiana até o fim, conceguiu ser o apoio de toda família e tinha esperanças.
No maldito dia de 17 de Julho, Tatiana dentre suas irmãs seria a primeira a morrer seguida por Olga.