sexta-feira, 8 de março de 2019

Voz do Czar Nicolau II foi gravada!


Uma rara gravação, feita no aniversário de Nicolau em 1910, registra sua voz enquanto o monarca assistia a uma parada militar, comandada pelo General-Tenente, barão von Eck Eduard Vladimirovich. Escute no vídeo abaixo:







A seguir, traduzimos as falas do vídeo, identificando o momento exato em que podemos ouvir Nicolau:
01 a 04 seg. General-Tenente Edward V. Eck:
“Escute (inaudível)! Irmãos! Eu bebo à saúde do nosso querido Soberano Líder, o Imperador Nicolau Alexandrovich! Viva!”
39 – 41 seg. Vozes das crianças:
“Hurray Hurray!”
05 seg. – 1 minuto. 02 seg. A orquestra toca o hino nacional do Império Russo
1 minuto. 03 seg. – 1 minuto. 12 seg. General-Tenente Edward V. Eck:
“Para a marcha cerimonial – rifle no ombro! Marcha rápida!”
1 minuto. 13 seg. – 1 minuto. 48 seg. A orquestra tocou uma marcha militar de Kroup “Saudade”.
1 minuto. 49 seg. – 1 minuto. 53 seg. Imperador Nicolau Alexandrovich:
“Irmãos! Obrigado pelo desfile completo!”2 minutos. 08 seg. – 2 minutos. 13 seg. Imperador Nicholas Alexandrovich:
“Obrigado, irmãos, por um excelente aprendizado!”

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Tatiana e Olga- inseparáveis mas diferentes : O Par Grande.


Tatiana  á  direita  com  Olga.
Na altura teria cerca de 3 anos.
Inseparáveis desde crianças, eram contudo diferentes na personalidade.
Sua  irmã  mais  velha,  Olga  era  mais  extrovertida e talentosa.
Tatiana  era  reservada, não tinha os talentos de Olga mas era mais aplicada ao trabalho.
As  duas  eram  altruístas, com  a  diferença  que  Olga  gostava  de  ajudar  monetariamente, enquanto  Tatiana  prestava  ajuda  prática,  como  aconteceria  de  maneira  especial  e  comovente  como  enfermeira  da  Cruz  Vermelha  na  idade  adulta.
Não  tinha  o  charme  de  Olga  mas  era  mais  elegante  do  que  a  irmã.



Tatiana  com  Olga,  cerca  de 1908.

Olga,  em  criança:



Ficou claro para Margaretta Eagar que desde a mais tenra idade Olga herdara o espírito altruísta da mãe e de sua avó Alice. Ela era muito sensível à provação dos menos afortunados; passeando por São Petersburgo um dia, vira um policial prender uma mulher por embriaguez e desordem e pedira a Margaretta que a mulher fosse solta; a visão de camponeses pobres prostrando-se de joelhos na beira da estrada, na Polônia, quando elas passavam em sua carruagem também a perturbou, e ela pediu a Margaretta: “Diga-lhes que não façam isso”

Ela decerto podia ser mal-humorada, desdenhosa e difícil, sobretudo durante a puberdade, e seus acessos de raiva revelavam um lado obscuro que ela achava às vezes duro de controlar, mas Olga era também uma sonhadora. Durante uma partida de “Eu Espio”15 com as crianças, Alexandra notara que “Olga sempre pensa no sol, nas nuvens, no céu, na chuva ou em algo ligado ao firmamento, e ela me explicou que fica muito feliz ao pensar nisso”

  Tatiana, em criança: aos oito anos, era pálida, esbelta e tinha cabelos mais escuros,
avermelhados, e olhos um pouco mais puxados para o cinza do que para o azul
cor do mar de suas irmãs. Sua beleza já era arrebatadora, “a réplica viva de sua
linda mãe”, com uma expressão naturalmente majestosa realçada por seus ossos
delicados e olhar altivo.
Por fora, parecia uma jovem extraordinariamente
controlada, mas era, na verdade, cautelosa e reservada em seu lado emocional,
como a mãe.

Nunca era refém do próprio temperamento como Olga às vezes
podia ser, e, ao contrário desta — que mostrava uma relação instável com a mãe
à medida que crescia —, era, sem dúvida, devotada; era em Tatiana que
Alexandra sempre confiava. Era a mais educada e respeitosa à mesa com os
adultos, e se provou ser uma organizadora nata, com uma mente metódica e um
espírito prático ausentes em suas irmãs. Não é de admirar que estas a
chamassem de “a governanta”. Enquanto Olga era musical e tocava piano
lindamente, Tatiana era uma bordadeira talentosa, como a mãe e também muito altruísta tal como Olga.
Não tinha uma personalidade forte como Olga, mas era mais forte física e emocionalmente do que a irmã.




Muitos  entendem  mal  o  facto  de  Tatiana  ser  conhecida  pelas  irmãs  como:  a  Governanta.
Entendem  erroneamente  que  ela  dava  ordens  ás  irmãs.
Nada  mais  falso.
Tatiana  era  suave.  Ela  conceguia  que  a  mãe  a  ouvisse  quando  pedia  algo  para  as  irmãs,  mas  nunca  se  aproveitou  disso.
Em  situações  de  emergência  conceguia  tomar  uma  decisão  mais  rápida  do  que  Olga  e  esta  não  se  opunha,  pois  não  eram  ordens.
Que  fique  claro  que  sua  personalidade  nos  filmes  da  Família  Imperial  foi  mal-interpretada,
pois  em  Nicolau  e  Alexandra  foi  apresentada  como  se  oferecendo  para  um  soldado  (  nada  mais  falso  para  uma  jovem  de  princípios  como  ela  era )  e  em  Os  Romanov-Uma  Família Imperial  é  apresentada  como  autoritária  outra  péssima  dedução  dos  Realizadores.
Ela  tinha  aspiração  a  frequentar  a  Alta  Sociedade,  enquanto  que  Olga  não  se  importava  tanto.






Tatiana  com  Olga  á  esquerda  em  1913  no  300º  aniversário  da  Dinastia  Romanov.


Tatiana e Olga em trajes de gala no 300º da Dinastia.

No  fim  de  suas  curtas  vidas,  já  no  cativeiro,  Olga  afastou-se  de  toda  família  (  incluindo  de sua  adorada  irmã  Tatiana )  e  só  conversava  com  o  pai,  tendo  zangas  com  suas  irmãs  mais  novas  por  próximas  em  amizade  com  os  carcereiros,  ainda  que  ela  não  os  odiasse  tendo  aprendido  a  perdoar.
Havia  emagrecido  muito  e  não  tinha  esperanças.
Tatiana  até  o  fim,  conceguiu  ser  o  apoio  de  toda  família e tinha  esperanças.
No  maldito  dia  de  17  de  Julho,  Tatiana  dentre  suas  irmãs  seria  a  primeira  a  morrer  seguida  por  Olga.


terça-feira, 30 de maio de 2017

Dedicação incansavel de Tatiana aos feridos e refugiados.

Na primavera de 1916, a crise de refugiados no Império Russo se
agravara enormemente, com algo como 3,3 milhões de pessoas, muitas delas
judeus  (  na  verdade  estes  eram  os  verdadeiros  inimigos  da  Família  Imperial ) desalojados do Pale, a zona de assentamento judaico na Rússia, pelo
combate no front oriental.



Com a necessidade urgente de mais abrigos,
orfanatos e cozinhas de sopão, a grã-duquesa Tatiana Nikoláevna publicou um
apelo sincero por auxílio a seu comitê na imprensa russa.



 “A guerra arruinou e
dispersou milhões de nossos pacíficos cidadãos”, escreveu ela.
Sem teto e sem alimento, os infelizes refugiados estão buscando abrigo por
todo o país [...]. Apelo a vocês, todas as pessoas de bom coração, que
ajudem os refugiados, física e moralmente. Ao menos lhes concedam o
conforto de saber que vocês compreendem e nutrem sentimentos por eles
em sua infinita miséria. Lembrem-se das palavras de nosso Senhor:
 “Pois
tive fome, e vós me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era estrangeiro, e vós me acolhestes” [Mateus 25,35).






O Comitê Tatiana buscou não apenas amparar os refugiados, mas
também registrá-los e reunir as famílias separadas pela guerra. Em particular,
trabalhou para assegurar o bem-estar das crianças — muitas chegando da zona
de guerra num estado lastimável, com inanição e cheias de piolhos —, fundando
orfanatos e escolas.



 No início de 1916, um sétimo lar para crianças refugiadas e
suas mães foi aberto em Petrogrado sob os auspícios do comitê. Ele foi fundado
por americanos na cidade, liderados pela esposa do embaixador, a sra. George
Marye; mais tarde nesse ano, os americanos doaram quinze ambulâncias para o
campo de batalha.


Os ingleses também colaboraram, enviando uma equipe de
enfermeiras e médicas para cuidar do British Women’s Maternity Hospital em Petrogrado, que o Comitê Tatiana estava apoiando com a soma de mil rublos por mes.


Após mais de um ano de guerra, a notícia sobre o trabalho exemplar da
imperatriz e de suas duas filhas mais velhas se espalhara na imprensa europeia.
Olga e Tatiana eram idealizadas como heroínas virtuosas, “As lindas ‘Irmãs
Brancas’ da guerra”, encabeçando um exército de “mulheres caridosas portando
o símbolo branco-neve da paz e a cruz vermelha da redenção”.



O jornalista
britânico John Foster Fraser lembrava que uma celebração “de três dias do Dia
da Bandeira para arrecadar dinheiro para os refugiados começou com uma
grande cerimônia religiosa diante da Catedral de Kazan”:



A ideia de ajudar as distantes vítimas da guerra veio da grã-duquesa Tatiana,
de dezessete anos [...]. Ela é alta, morena, bonita e brincalhona, e os russos
adoram-na [...]. Quando ela começou seu fundo para conseguir alimento e
roupas para o povo da Polônia, foi como o aceno de uma varinha mágica
[...]. A atração por suas lindas princesas era irresistível [...]. Teria sido difícil
encontrar uma vitrine em Petrogrado onde não houvesse uma grande
fotografia da jovem, com um olhar de soslaio levemente brilhante, como que a perguntar: “bem, quanto você doou?



Alexandra ficou deliciada em contar a Nicolau, em 13 de janeiro, que o
dia do nome de Tatiana “foi comemorado na cidade com grande pompa. Houve
um concerto e apresentações no teatro [...]. O retrato autografado de Tatiana foi
vendido junto do programa”.



O dinheiro obtido com a venda de cartões-postais
e retratos de Tatiana ia para os fundos de seu comitê. “Vi cavalheiros idosos
saracoteando pela Névski com uma longa fieira de pequenas fotografias da
princesa diante do peito rotundo, como a enfiada de medalhas no peito de umpolicial de Petrogrado”, relatou John Foster Fraser, “e isso é maravilhoso.




Tais
eram suas capacidades comprovadas como enfermeira que  no  outono Tatiana  recebera permissão para ministrar o clorofórmio nas cirurgias. Mas enquanto ela
continuava firme, sua irmã ainda frágil  e cada  vez  mais  melancólica  afundava  em depressão. “



Mesmo  quando  já  estava  prisioneira  com  sua  família  em  Tsar Koe Selo,
Tatiana, nesse meio-tempo, ansiava pelo anexo:

“É triste que agora que estamos melhor não possamos voltar a trabalhar no
hospital. É tão estranho estar em casa de manhã, sem fazer os curativos”. Quem
os fazia agora?, ela perguntou a Valentina.

“O que vai acontecer com nosso
velho hospital?” “Perdoe-me por tantas perguntas, querida Valentina Ivánovna,
mas é tão interessante saber o que está acontecendo com você. Lembramos
constantemente como era bom trabalhar no hospital e como todas nos dávamos
bem.














quarta-feira, 6 de julho de 2016

Meu vídeo sobre a Família Real Romanov.








Posto  por  escrito  minhas  palavras  dedicadas  aos  que  não  falam  a  língua  portuguesa,  há  o  TRANSLATER.

O  texto  do  vídeo:
NOTA:  incluo  aqui  um  artigo  que  faltou  no  vídeo-A  guerra  russo-japonesa:

Presto  minha  homenagem  á  Família  Romanov,  executada  barbaramente  pelos  criminosos  comunistas  na  madrugada  do  dia  17  de  Julho  de  1918.
Desde  o  tempo  do  Czar  Alexandre  II  que  esses  covardes  vinham  tentando  tomar  o  Poder.
Esse  Czar  avô  do  último  Czar  morreu  em  consequencia  de  um  atentado  bombista.


A Guerra  Japonesa houve culpa tanto da parte do Japão como da Rússia.

A Península de Liaodong onde ficava Port Artur era antes do Reinado do Czar, da China.
Houve, então um Tratado em que China cedia Tratado de Shimonoseki  foi um tratado de paz assinado entre a China e o Japão em 17 de Abril de 1895 e que pôs fim à Primeira Guerra Sino-japonesa.
Nesse Tratado, o grande Vencedor foi o Japão.
Ambos, Japão e Rússia temiam as ambições políticas um do outro e Rússia .
Tal como o Japão o Império Russo também era ambicioso  e a Rússia  juntamente aliada da França e o Reino Unido, pressionaram o governo japonês para que reconsiderasse as vantagens obtidas pelo Tratado de Shimonoseki, dando uma indenização ao Japão.
Na minha opinião a Rússia não deveria ter tomado essa atitude, ainda que o Imperialismo japonês estivesse tomando um caminho perigoso.

Houve 3 anos de negociações infrutíferas, antes do Conflito.

Só que o Japão ( apesar que direito de origem nenhum dos dois Países detinha pois havia sido da China os quais  estavam furiosos com o governo manchu por ter dado a Coreia e Taiwan aos japoneses e Port Arthur aos russos, que também puderam construir ferrovias na Manchúria ) deveria tal como a Rússia refreado sua ambição e procurado outra saída sem ser a guerra, ou ao menos ter enviado um Ultimato á Rússia antes de atacar Port Artur.

A culpa cabe aos dois Países, sendo a Rússia o que ficou prejudicado, uma das causas que levou ao :

DOMINGO  SANGRENTO.

Infelizmente  a  guerra  prolongada  acarretou  prejuízos  enormes  e  mais  de  100.000  russos  morreram  na  batalha  pelo  que  reconheço  que  o  Czar  poderia  ter  iniciado  negociações  de  paz  ainda  em  1904.
A  guerra  estendeu-se  de  Fevereiro  de  1904  até  Março  de  1905,  quando  o  Czar  foi  forçado  a  aceitar  uma  rendição  humilhante.

Em  Janeiro  de  1905,  em  parte  motivado  pelas  perdas  na  guerra  houve  uma  manifestação  na  Rússia  que  levava  uma  petição  ao  Czar.
O  Czar  não  estava  presente,  desconhecia  o  motivo  da  manifestação  pelo  que  ordenou  as  tropas
a  vigiarem  o  Palácio  mas  não  de  atirarem.
Infelizmente  a  infantaria  abriu  fogo,  vitimou  pelo  menos  200  pessoas.
O  Czar  quando  soube  do  ocorrido  ficou  muito  abalado.

Foi  acusado  falsamente  pelos  comunistas de  «mandante»  do  fuzilamento  da  multidão.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

FINALMENTE OS RESTOS MORTAIS DA FAMÍLIA ROMANOV SÃO RECONHECIDOS COM PRECISÃO.

http://rainhastragicas.com/2015/11/12/nova-exumacao-confirma-a-autenticidade-dos-remanescentes-humanos-dos-romanov/

Finalmente o capítulo final na saga pela identificação dos corpos do czar Nicolau II, da czarina Alexandra Feodorovna e dos filhos do casal, foi concluído (pelo menos é isso que esperamos). A nova exumação feita com os remanescentes humanos do monarca, sua esposa e filhos comprovou de fato que os corpos sepultados na fortaleza de São Pedro e São Paulo pertencem à família imperial russa. O porta-voz do Comitê de Investigação russa, Nikolai Markin, disse nesta quarta-feira (dia 11), que os testes de DNA realizados pelo Instituto de Genética Geral da Rússia nos fragmentos de ossos dos Romanov  “mostraram que eles combinavam com os dados obtidos no primeiro exame com a camisa de Nicolau II que contém vestígios do seu sangue”. Os novos testes haviam sido solicitados pela Igreja Ortodoxa, que duvida da autenticidade dos restos mortais, contando o apoio dos atuais descendentes dos Romanov.

Assassinados em 1918 pelos bolcheviques, os corpos da última família de governantes da Rússia imperial permaneceram insepultos até o ano de 1998, quando a Igreja Ortoxa Russa oficiou uma grande celebração, reconhecendo-os como santos dois anos mais tarde. Contudo, os ossos do czarevich Alexei e uma de sua irmãs mais novas (Maria ou Anastásia) continuaram desaparecidos até o ano de 2007. Testes de DNA mitocondrial foram feitos em ambos os corpos, comprovando assim que eram filhos de Nicolau II e Alexandra Feodorovna. A Igreja, por sua vez, se recusava a sepulta-los, afirmando que quando os primeiros testes de DNA foram feitos, não foi levada em consideração a integridade dos ossos, o que poderia ser um transtorno para o país caso se comprovasse que os remanescentes humanos não pertenciam aos Romanov. Uma vez que aquelas pessoas foram canonizadas pela instituição, novos testes com os restos mortais foram solicitados, na esperança de pôr fim a esta dúvida.





Com a autorização do governo, os novos testes de DNA foram efetuados, levando-se em consideração a seguinte exigência: caso os remanescentes humanos fosse cientificamente comprovados como pertencentes a Nicolau e sua família, os ossos das duas crianças (Alexei e sua irmã), que ainda continuam armazenados nos Arquivos do Estado, deveriam ser sepultados junto aos demais membros de sua família. A Igreja concordou com a solicitação, exigindo que todo o processo fosse supervisionado por membros do clero.  Em comunicado oficial, o Comitê Investigativo d revelou que os testes realizados nos crânios de Nicolau II e sua esposa “mais uma vez mostraram a autenticidade dos remanescentes de Ecaterimburgo”. A Ingreja Ortoxa Russa anunciou que iria se posicionar oficialmente nesta sexta-feira. Já um porta-voz do grupo de descendentes da família imperial revelou que “vamos aguardar os resultados de todos os testes alinhados e ouvir as opiniões de todos os peritos”.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Quem revelou o massacre da Família Romanov ao Mundo.

30 de abril de 2015 Alla Astanina, Especial para Gazeta Russa

O  massacre  da  Família  Real,  incluindo  4  jovens  moças  inocentes  e  uma  criança  foi  algo  tão  medonho  e  cruel,  que  o  próprio   mandante  mnstruoso  Lénin  quis  abafar  declarando  que  somente  o  Czar  havia  sido  executado  e  a  família  havia  sido  evacuada  para  lugar  seguro.

Mas  a  mentira  do  sanguinário  não  durou  muito  tempo,  graças  a 
Nikolai Sokolov.
 
Em março de 1917, o tsar russo Nikolai II Romanov abdicou. Algum tempo depois, ele e sua família foram brutalmente assassinados. Mas poucos sabem que foi graças ao investigador Nikolai Sokolov que hoje sabemos o que realmente aconteceu com a família real.
 Nikolai Sokolov é uma figura pouco conhecida na história da Rússia. No entanto, foi esse homem que revelou ao mundo a verdadeira história por trás da morte do último tsar russo.
Nascido em maio de 1882, formou-se em Direito e, antes da Revolução de 1917, Sokolov trabalhava como investigador forense. Após a instauração da URSS, atingiu o cargo de investigador de casos de importância especial no tribunal distrital de Penza, embora se mantivesse fiel ao antigo sistema.
“Depois de entrar em licença médica, Sokolov foi até a Sibéria”, conta  Vladímir Soloviov, investigador e criminologista sênior do Departamento principal de Criminologia do Comitê de Investigação da Rússia, que virou o sucessor de Sokolov, de 1993 a 2011.
“Fui convocado pelo Almirante Alexander Koltchak, que colocou a investigação sob minha responsabilidade”, diz Soloviov. “Mas é evidente que sem as informações de Sokolov, os contemporâneos teriam dificuldades para compreender os acontecimentos daquela época. O seu principal mérito foi provar que a família real foi, de fato, morta a tiros.”


Investigação inicial

Depoimentos e provas levaram Sokolov à conclusão de que o assassinato dos membros da família real aconteceu em 17 de julho. Segundo a investigação, agentes especiais esperavam a entrada do Exército Branco na cidade, portanto, tiraram os corpos da casa de Ipatiev e os levaram para Ganina Yama, onde havia uma mina abandonada.
“Lá o investigador descobriu um grande número de pequenos fragmentos ósseos picados e queimados, coisas e objetos que foram identificados pelas pessoas próximas à família real”, diz a historiadora Ludmila Likova.
Naquela época, Sokolov suspeitou que os corpos haviam sido queimados, mas essa conclusão foi rejeitada. Descobriu-se que, após tentativas frustradas de queimar os corpos, os agentes da polícia secreta os enterraram.
Emigração e morte


O Exército Branco sofreu uma derrota e retirou-se para o leste, mas Sokolov continuou a investigação. “Ele recolheu os documentos de valor, os conservou e levou para fora do país”, conta Likova. Na Europa, os familiares de Romanov não acreditaram no investigador e pensavam que a família real estava viva.
Nos últimos anos de vida, Sokolov preparou um relatório completo da investigação para a Imperatriz Maria Feodorovna, mãe de Nikolai II, e escreveu o livro “O Assassinato da Família Real”, baseado no material da investigação.
Há indícios de que o investigador queria voltar à Rússia para retomar a investigação. No entanto, Sokolov morreu aos 43 anos na França, em 1924.
Novo inquérito


O interesse pelos detalhes da morte da família real ressurgiu em 1993, após o colapso da União Soviética. Documentos relativos ao caso da morte descobertos por Sokolov foram procurados ao redor de todo o mundo.
Em alguns lugares conseguiu-se organizar a transferência das cópias dos materiais; em outros, eles tiveram que ser comprados. O Duque de Liechtenstein, por exemplo, comprou os arquivos de Sokolov em leilão na Sotheby’s e os entregou à Rússia.
Grande parte do material da investigação e os documentos originais também foram encontrados em Jordanville, nos EUA, em Bruxelas e em templos da Igreja Ortodoxa Russa no exterior.
http://gazetarussa.com.br/arte/2015/04/30/quem_revelou_a_tragedia_dos_romanov_29809


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Reabilitação do Czar e sua Família.

http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/russia_reabilita_o_czar_nicolau_ii.html




O Supremo Tribunal da Rússia acaba de conceder a plena reabilitação do último Czar
Nicolau II, e sua família, considerados a partir de agora como vítimas de repressão política
 bolchevique. A decisão do  Supremo  Tribunal anula  todas  as  outras  anteriores,
 que negavam a reabilitação da família imperial.





Nicolau II fez parte da dinastia dos Romanov, que reinou de 1613 a 1917 na Rússia.
 Foi com a Revolução Russa  que o czar caiu e, em 17 de julho de 1918, foi fuzilado,
junto com seus familiares, por um pelotão bolchevique, no  porão da casa Ipatiev, em
 Yekaterimburgo. Essa morte está rodeada de mistério, mas de acordo com a versão oficial,
baseada nos arquivos secretos da KGB, em seguida os corpos foram levados para uma 
mina abandonada. Alguns foram queimados, Anastásia  e  Alexei,  mas  a maioria  foram 
 imersos em ácido sulfúrico e depois enterrados numa fossa.




A reabilitação dos Romanov vem sendo feita aos poucos. Sob Bóris Iéltsin, os corpos foram 
sepultados, com direito a cerimónia na  catedral de  São Petersburgo.

 Para o então presidente da Rússia, a execução dos Romanov deveria ser vista como ato fundador
de um século sangrento,
 o início de um período de terror. 
No  ano  2000  a  Igreja Ortodoxa canonizou  os  Romanov, como mártires.




Agora veio a decisão oficial, que está sendo vista como mais um sinal da reinterpretação
 da própria história que a  Rússia vem  fazendo desde  o  fim  da  era  soviética.

Recentemente, Nicolau II foi eleito o personagem russo mais ilustre em um  concurso da televisão
 pública Rossia, com 400 mil votos à frente de Stálin.








Canonização  dos  Romanov.





Residencia  Oficial  do  Czar  e  sua  família,  Tsarkoye  Selo.